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29ª Oficina de Música de Curitiba
De 9 a 29 de janeiro de 2011
Em Janeiro de 2011
Em janeiro, Curitiba é música!
Em janeiro, Curitiba é música!
Oficina de Música de 2011
Para quem vive a música em todos os sentidos
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Maestro da Orquestra de Cordas formada na Oficina se emociona em concerto

O maestro Luiz Carlos Durier chorou ao agradecer seus alunos e toda a equipe do evento no concerto de encerramento da Orquestra de Cordas, formada durante a 29ª Oficina de Música de Curitiba nesta quarta (19), ao meio-dia.
Os  alunos puderam mostrar suas novas habilidades ao público que lotou o Auditório da Universidade Tecnológica do Paraná (UTFPR).
Para o Maestro, o concerto pode resumir o resultado das aulas ocorridas durante as oficinas. “Passamos dias aprendendo, sofrendo e se divertindo muito, conhecendo e reunindo pessoas de diversas culturas, países e com potenciais diferentes. Foi uma experiência e tanto poder trabalhar com esses jovens maravilhosos”, disse Durier, emocionado.
Com um repertório variado o concerto surpreendeu o público logo no início com a Marcha Militar de Franz Schubert. A integração entre os violinos, violoncelos, contrabaixos e viola chamou a atenção do militar  Carlos Rocha, que já participou de outras 12 edições da Oficina de Música de Curitiba. Ele é trombonista e regente da Banda de Música da Base Aérea de Campo Grande.
“Estou em uma alegria imensa em poder participar como espectador dessa edição da Oficina, já que o evento mostra os novos talentos da música, uma iniciativa maravilhosa da Fundação Cultural de Curitiba”, declara Rocha que veio prestigiar sua sobrinha, Jennifer Aline Rocha, spalla e uma das solistas do espetáculo.
A segunda parte do concerto foi uma volta no tempo, com obras da Ópera Schlittenfahrt (Viagem do Trenó) de Mozart, adaptadas para orquestra. “Essas músicas trazem  nuances ao timbre da orquestra, além de representar muito bem seus significados, como Allegretto que dá a ideia de uma Viagem de Trenó, emoções como sofrimento em Andante Molto, em que uma jovem garota treme de frio, e alegria em Minueto e Rondó, simulando o começo e o fim de um baile”, explica Durier.
Além da qualidade dos 31 alunos, o concerto contou com uma surpresa: a participação dos flautistas Luiz Fernando Campelo e Vinícius Lira Coutinho no Divertimento de Benny Wolkoff, um compositor  russo de origem judia que viveu em Pernambuco.  Com originalidade  inconfundível soube usar as influências clássica da sua terra natal e a popular adquirida no Brasil. Basta observar a música Chegança, inspirada nos desafios nordestinos e muito bem interpretada pelos alunos de flauta e Orquestra de Corda.
As  composições de Wolkoff  também foram apresentadas por Jennifer Aline Rocha, de 12 anos, e Rebecca Ometto, de 15, que frizeram solos de violino. Ambas participam pela primeira vez da Oficina de Música; puderam aprender novas técnicas e conhecer outros músicos. Jennifer começou a tocar com apenas 7 anos e destacou que com o evento pode “ouvir outras pessoas da Orquestra e não apenas me ouvir”.
Rebecca veio de Piracicaba (SP) acompanhada de seus três irmãos, entre eles Giovanni Ometto, que participou tocando a única viola da Orquestra. Para a mãe, Mirian Ometto, admiradora de música e saxofonista, “o evento é encantador. A música fica em pensamento e promove o estudo e responsabilidade entre os jovens”, destacou.
Para finalizar, os alunos tocaram The Entertainer de Scott Joplin, um clássico, que fez a plateia interagir, estalando os dedos e pedir bis. O Maestro se emocionou ao agradecer seus alunos e toda a equipe do evento e preparou para o bis  músicas que recordaram a infância, “para manter o espírito sempre jovem”.  O público foi para casa cantando  “Se Essa Rua Fosse Minha”, “Escravos de Jó” e muito mais.