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29ª Oficina de Música de Curitiba
De 9 a 29 de janeiro de 2011
Em Janeiro de 2011
Em janeiro, Curitiba é música!
Em janeiro, Curitiba é música!
Oficina de Música de 2011
Para quem vive a música em todos os sentidos
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Improviso, performance e virtuosismo marcam a apresentação dos professores da fase de MPB

Um dos pontos altos da fase de MPB da Oficina de Música de Curitiba, tradicionalmente, é a apresentação dos professores. Momento esperado pela plateia, formada em sua maioria por alunos, e também por quem está no palco. Elevados ao grau de professores, justamente por serem mestres em seus instrumentos, esses grandes músicos têm na apresentação uma oportunidade de reencontrar amigos e experimentar novas possibilidades de parcerias.

O show no Guairinha começou com um improviso solo de Arismar do Espírito Santo no contrabaixo. A partir daí, os músicos passaram a se alternar em duos, trios e quartetos. Junto com a flautista Léa Freire e o clarinetista Alexandre Ribeiro, Arismar ofereceu “Rosa” (de Pixinguinha) a Tom Jobim, numa homenagem ao músico e compositor no dia em que completaria 84 anos. Depois, foi a vez de Toninho Ferragutti mostrar por que é um dos acordeonistas mais respeitados do país. Em dueto com Alexandre Ribeiro, ele interpretou duas músicas suas: “Sorriso de Manu” e “Helicóptero”.

O momento vocal da apresentação começou com a cantora Tatiana Parra, que interpretou “Lília”, com o pianista e autor da canção, Fábio Torres. Em seguida, o argentino Andrés Beeuwsaert assumiu o piano para tocar com Tatiana as músicas “Vento Bom” (de André Mehmari e Sérgio Santos) e outro clássico de Pixinguina, “Carinhoso”. Mas o ponto alto na participação de Tatiana Parra foi o tema instrumental “Milonga Gris” (de Carlos Aguirre), onde a cantora solfejou com a flauta de Léa Freire e o clarinete de Alexandre Ribeiro, mostrando com virtuosismo os limites do desempenho vocal, quando a voz deixa de interpretar uma letra e passa a ser puro instrumento melódico.

E, para encerrar a apresentação, Fernando Barba e Mauricio Maas, do grupo Barbatuques, mostraram como a voz pode extrapolar também os limites da melodia, transformando-se num grande instrumento percussivo junto com todo o corpo. Numa performance que aliou improviso e sequências coreográficas e rítmicas, eles colocaram todo o Guairinha para batucar. Um final apoteótico em que veio abaixo a fronteira entre público e artista, plateia e palco, aluno e professor, numa metáfora do espírito da oficina: para todos, a grande protagonista é a música.

O que melhor resume o clima da apresentação e da Oficina de Música como um todo foi dito no microfone pelo sempre bem-humorado Arismar do Espírito Santo. “É sempre um prazer estar aqui. A gente faz som de manhã, faz som de noite, faz som no hotel. A vida é boa com a gente”.

A 29ª Oficina de Música de Curitiba é realizada pela Prefeitura Municipal de Curitiba, Instituto Curitiba de Arte e Cultura (ICAC) e Fundação Cultural de Curitiba (FCC), com Patrocínio da Petrobras.