Oficina de Música abre espaço para a sonoridade da harpa
Para encantar olhos e ouvidos, a 29ª Oficina de Música de Curitiba, que tem o patrocínio da Petrobras, oferece também o curso de harpa, sob o comando da harpista escocesa Jennifer Campbell. A iniciativa inédita nas edições da Oficina de Música revela a importância de um dos mais antigos instrumentos musicais conhecidos, e incentiva a divulgação da peculiar sonoridade da harpa. "O Brasil está crescendo na área da música erudita e a harpa tem conquistado novos espaços", diz Jennifer. "Espero que nos próximos anos o instrumento torne-se mais popular", enfatiza a instrumentista.
Nascida em Dundee (Escócia), em 1983, Jennifer iniciou os estudos de harpa aos cinco anos de idade, tendo se aperfeiçoado na Inglaterra e na França. Vencedora de concursos internacionais, apresentou-se em importantes espaços, entre eles os palácios de Buckingham (Inglaterra), Versailles e Chantilly (França), além dos museus franceses Louvre e d'Orsay. Vivendo no Brasil desde 2008, Jennifer é harpista da Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB), no Rio de Janeiro.
O fascínio despertado pela harpa atinge jovens instrumentistas que participam do curso. É o caso da curitibana Eliane Cortes, que estudou piano a vida toda, mas há dois anos dedica-se à harpa. "Sempre sonhei em executar esse instrumento", diz a aluna que é integrante do grupo "Le Baroque Brexó" e se apresenta regularmente em concertos de harpa em igrejas da cidade. Destacando como um dos mais importantes compositores para harpa o francês Carlos Salzedo, Eliane acredita que o instrumento vem despertando interesse crescente no público.
A diversidade do Terra Sonora na Oficina de Música
Formado em 1994 por músicos da cena curitibana, o Grupo Terra Sonora se reuniu ontem (10) à noite no palco do Teatro do Sesc da Esquina. Sob o comando de Plínio Silva e acompanhamento de Liane Guariente, no vocal; Carla Zago, no violino, Rogério Gulin, na viola caipira; Adriano Mottin, na Concertina, flautas doce, metalofone e percussão e Giampiero Pilatti, nas flautas transversais, o grupo trouxe temáticas de vários países, com uma interpretação bem-humorada, típica brasileira.
A apresentação foi dividida em três partes. A banda abriu o show com os tambores da Nova Guiné. Em seguida trouxe para o auditório a canção Min kvedarlund, música tradicional da Noruega, que relembra a época dos trovadores. “A primeira etapa do show é uma homenagem ao amor”, declarou Plínio. A sequência de músicas apresentadas ao longo da noite foram um convite à reflexão. Houve até quem aproveitasse o momento para meditar.
Os músicos relembraram também canções da Turquia, Chile, Espanha e Macedônia. Um dos momentos de grande entusiasmo do público foi durante a apresentação da seresta brasileira, interpretada com maestria pela cantora Carla Zago. “A plateia é sempre bem receptiva ao nosso som. A maioria é formada por músico ou estudante de música que tem interesse em conhecer as canções dos quatro cantos do mundo”, comentou o diretor do espetáculo.