A semana começou com música no saguão da Prefeitura de Curitiba
A 29ª Oficina de Música de Curitiba levou duas apresentações musicais para o prédio central da Prefeitura. Quem passou na manhã desta segunda-feira (17) pelo local para resolver algum serviço pode ouvir o som de harpa e de Música Popular Brasileira (MPB).
A harpista Jennifer Campbell foi a primeira a se apresentar, com um repertório de músicas eruditas e jazz. Depois foi a vez do Mano a Mano Trio que tocou MPB. As apresentações marcam os últimos dias da fase erudita da Oficina de Música e o início da fase de Música Popular Brasileira, que começa na quinta-feira (20).
"Vim pagar uma Darf aqui na Prefeitura. Não sabia que ia ter apresentação. Gostei da surpresa e fiquei para assistir ao show", disse Fernando Dias. A Oficina de Música de Curitiba segue até o dia 29 deste mês. O objetivo de ações como a realizada na manhã desta segunda-feira é levar a Oficina de Música para todos os cantos da cidade.
Euza Bagdonas queria assistir ao show da harpista Jennifer Campbell e foi até a Prefeitura ver a apresentação. "Fiquei sabendo que ela iria se apresentar aqui. Achei maravilhosa essa oportunidade aqui na Prefeitura. É muito raro ver uma apresentação de harpa ao vivo", disse Euza.
Semana com música
Jennifer Campbell é escocesa e mora no Rio de Janeiro há dois anos. Ela deu aulas de harpa na Oficina de Música. Essa foi a primeira vez que aconteceram aulas desse tipo de instrumento na Oficina. "Toco desde os 5 anos. Vi a harpa pela primeira vez na televisão e me apaixonei", disse a escocesa de 27 anos.
Ópera de Puccini reúne cantores líricos da Oficina de Música
Os alunos da classe de Studio Opera da 29ª Oficina de Música de Curitiba, orientados por Neyde Thomas e Rio Novello, fazem duas apresentações nesta segunda e terça-feira (17 e 18) da ópera Gianni Schicchi, de Giacomo Puccini. O espetáculo mostra o resultado do trabalho intensivo realizado pelos cantores durante a Oficina. As apresentações acontecem no Guairinha (segunda, às 20h30, e terça, às 18h), com a participação de Joaquim do Espírito Santo como pianista co-repetidor e direção cênica de Walter Neiva.
Além de se aperfeiçoar com dois grandes mestres do canto lírico, o grupo de cantores da Oficina tem a missão de preparar um espetáculo de ópera em pouco mais de uma semana. Desta vez foi escolhida Gianni Schicchi, a única ópera cômica de Puccini, baseada num dos cantos da Divina Comédia, de Dante Alighieri. Sabe-se que Gianni Schicchi foi um dos inimigos políticos e pessoais do autor da Divina Comédia, razão pela qual é mencionado por Dante como um dos personagens do Inferno. Cidadão de Florença, Schicchi teria falsificado o testamento de Buoso Donati (Dante era casado com Gemma Donati, um membro dessa família), deixando a maior parte dos bens de Buoso (falecido em 1299) para a família Schicchi. O objetivo da ópera de Puccini é provar que Schicchi não merecia ir para o inferno.Para produzir o espetáculo em tão pouco tempo, os alunos da Oficina contam com a experiência de Neyde Thomas, a grande dama do canto lírico brasileiro, que este ano recebeu uma homenagem especial da Oficina de Música. No segundo dia do evento, o maestro Júlio Medaglia regeu um concerto em sua homenagem, reunindo artistas que interpretaram árias de diversas óperas. O concerto também marcou o lançamento do livro biográfico "Neyde Thomas Vida e Arte", escrito por Medaglia. A obra retrata os principais momentos da carreira dessa artista, que cantou nos grandes teatros da Europa e Estados Unidos, e contracenou com os famosos cantores líricos Luciano Pavarotti e Plácido Domingo.