Música latino-americana e brasileira nos palcos da Oficina
Ritmos brasileiros e de outros países da América Latina estão nos espetáculos agendados para esta quinta-feira (27), dentro da programação da Oficina de Música de Curitiba, que nesta 29ª edição conta com o patrocínio da Petrobras. No Paço da Liberdade, às 18h, o grupo Rosa Flô apresenta o show “Rosa Armorial”. No Teatro SESC da Esquina, às 19h, o público irá conferir o talento do violonista e violeiro Cabelo, sendo que a Noite Latino-americana, com a participação de professores da fase de MPB da Oficina de Música, é o cartaz do Teatro Guaíra (Auditório Salvador de Ferrante – Guairão), às 21h.
O grupo Rosa Flô une sua formação erudita (piano, flauta transversal e violino) às pesquisas sobre os estilos da música popular brasileira (choro, samba, baião, frevo, entre outros) para apresentar uma música rica em elementos da cultura brasileira mais pura. O show “Rosa Armorial” segue as propostas do Movimento Armorial, cujas raízes estão no movimento nacionalista que culminou com a Semana de Arte Moderna de 1922.
Formado por Carla Zago (violino e arranjos), Marcela Zanette (flauta transversal, flautim, pífanos e arranjos), Beth Fadel (piano, escaleta e arranjos), Iê do Pandeiro (percussão), Eduardo Gomide (viola caipira, rabeca e arranjos), Gabriela Bruel (percussão) e Bruna Buschle (contrabaixo acústico), o grupo tem no repertório obras de importantes compositores, entre eles Camargo Guarnieri, Antônio Carlos Nóbrega, Eduardo Gramani, Guerra Peixe e Rogério Gulin.
Estética musical – Nascido em Carlópolis (PR), Romano Nunes, o músico Cabelo, desenvolveu a carreira artística em Londrina e em Curitiba. Exímio violonista e violeiro, o instrumentista adapta-se facilmente ao cavaquinho ou à guitarra, improvisando uma única música em vários ritmos. Responsável por instigantes composições, Cabelo cria obras nas quais mistura suaves melodias e ritmos regionais, batizadas de “erudito new age”.
Sylvio Back na última edição do Bate-Papo Musical
Sylvio Back, um dos mais premiados cineastas do Brasil, foi o convidado especial para o último Bate-Papo Musical realizado pela 29ª Oficina de Música de Curitiba, nesta quarta (26), no Conservatório de MPB.
O jornalista Roberto Muggiati, responsável pela entrevista com Sylvio, iniciou a conversa provocando os convidados com a pergunta: “Por que cinema sem música não tem graça?”. Na sequência, Sylvio usou uma célebre frase do renomado cineasta francês Robert Bresson para gerar ainda mais a reflexão no público presente: “O cinema sonoro inventou o silêncio”, e comparou o trabalho com trilha sonora com o de um ourives. “É preciso prestar atenção nos mínimos detalhes para o resultado sair perfeito”, disse.
Entre muitas histórias de bastidores de filmagens Sylvio destacou Lost Zweig, de 2002, que narra a última semana de vida do escritor judeu-austríaco Stefan Zweig (Rüdiger Vogler), autor do famoso livro "Brasil, País do Futuro", e de sua jovem esposa Lotte (Ruth Rieser). O casal, em um pacto cercado de mistério, se suicida em Petrópolis, no estado do Rio de Janeiro, logo após o carnaval de 1942. O longa foi baseado na biografia Morte no Paraíso, do jornalista Alberto Dines, apresentador do Observatório da Imprensa, da TV Brasil. Antes do longa, Sylvio já havia realizado trabalho sobre o mesmo tema com o documentário Zweig: a morte em cena.
A 29ª Oficina de Música de Curitiba é realizada pela Prefeitura Municipal de Curitiba, Instituto Curitiba de Arte e Cultura (ICAC) e Fundação Cultural de Curitiba (FCC), com Patrocínio da Petrobras.